Ao tirar uma fotografia, o fotógrafo tem que se certificar de que uma quantidade correta de luz passe através da abertura do obturador da lente de sua câmara para o filme. Se houver pouca luminosidade, a fotografia será muito escura ou pouco exposta; se houver muita luz, será muito clara ou superexposta.
Para que a fotografia tenha a nitidez correta, o operador deve usar um fotômetro ou medidor de exposição, instrumento que mede a intensidade da luz e indica (ou produz) automaticamente a exposição correta.
A origem do fotômetro

Nos primeiros anos que se seguiram à invenção da fotografia, essa “exposição” era obtida por tentativa e pela própria experiência do fotógrafo. Havia tabelas e gráficos impressos que davam um cálculo aproximado para a exposição em condições de luz normais. A invenção do “actinômetro” aperfeiçoou o sistema de medida.
Um papel sensível à luz era colocado no medidor e posto diante da cena a ser fotografada. Comparando-se o tom da descoloração causada pela luz que incidia sobre o papel com o de um cartão colorido, e marcando-se o tempo do processo, encontrava-se, numa tabela, o tempo de exposição apropriado. Esse método, um tanto lento, foi substituído pelo “medidor de extinção”, que era, basicamente, um tubo com o interior escuro e uma abertura em cada extremidade. Uma tira transparente, graduada em tonalidades cinzentas, com números impressos em negro, era colocada entre as extremidades do tubo medidor.
Examinava-se a cena através do tubo, até encontrar-se um número que se fundisse com o fundo, em relação à intensidade da iluminação. Esse número era transferido por meio de cálculos, permitindo um ajuste de câmara adequado.
Como funciona o Fotômetro

O medidor fotoelétrico de exposição foi introduzido o sistema de fotômetro acoplado da Nikon F2 emprega duas células CdS dispostas de modo a que possam fazer a leitura da luminosidade no centro do campo de visão da objetiva. Visível no visor reflex da câmara, a agulha indicadora varia de posição segundo a intensidade luminosa da cena. Para uma exposição correta, ela deve ser centralizada mediante o ajuste da velocidade do obturador ou da abertura da objetiva.
Resistores e circuitos impressos são empregados para ajustar a saída da bateria, permitindo que as células CdS (sulfeto de sódio) mantenham bom equilíbrio e que os resultados das medidas sejam constantes.
O medidor fotoelétrico de exposição foi introduzido nos Estados Unidos em 1932. E um instrumento muito mais avançado e preciso, que mede a intensidade da luz à medida que esta incide sobre uma superfície sensível (uma célula fotoelétrica). Nos fotômetros separados da câmara, a fotocélula ativa uma agulha sobre uma escala de “valores de exposição”, que podem ser lidos como uma gama de ajustes do obturador e da abertura. O fotógrafo, então, ajusta a câmara segundo aqueles valores. Quando o medidor está acoplado à própria câmera, a agulha é projetada de maneira a aparecer no visor. Nas câmaras semi-automáticas, a célula é ligada elétrica ou mecanicamente à abertura ou ao obturador, restando ao operador um ajuste final. Numa câmara totalmente automática, a célula regula tanto a abertura quanto o obturador.
Na célula de selênio, a luz atinge uma fotocélula que tem duas camadas condutoras de eletricidade, com uma película de selênio entre elas. Proporcionalmente à sua intensidade, a luz cria um potencial elétrico entre as duas camadas, e a corrente é registrada por uma agulha num amperímetro sensível. A célula de sulfeto de cádmio é mais sensível que a de selênio e pode ser usada com menos luz.

Fotômetros digitais
O método mais comum de se usar o medidor consiste em se aferir um grau geral ou completo de luminosidade, levando-se em consideração as partes mais escuras e mais claras da cena a ser fotografada. Uma vez ajustado para a “velocidade” (sensibilidade) do filme utilizado, o fotômetro é apontado para a cena, indicando assim um valor para a luz refletida normalmente. Usa-se também o “cone invertido”, um dispositivo translúcido que é colocado sobre a fotocélula, a fim de, em lugar da luz refletida, medir-se o valor da luz “incidente” que atinge a cena.

Os fotômetros lêem uma área particular da cena à sua frente, conhecida como “ângulo de aceitação”, que difere para cada modelo. Os aparelhos mais avançados podem ler uma área geral ou oferecer uma leitura detalhada de pequena área da cena a ser fotografada.
Atualmente, a vasta maioria dos fotômetros disponíveis no mercado são digitais e não dependem mais dos sistemas elétricos e analógicos de seus antecessores. No entanto, ainda existe certo mercado para esses tipos de aparelhos, especialmente para os entusiastas de fotografia analógica e vintage.